ABSTRACT
O convívio do ser humano com cães e gatos, um fenômeno de caráter global, remonta a milênios e configura-se como um dos mais estreitos e intensos vínculos entre espécies. A intensidade dessa relação repercute de forma importante sobre a saúde das pessoas e dos animais, impactando decisivamente o meio ambiente. Históricamente, o controle das zoonoses nasce no cerne da "revolução pasteuriana", quando a vacina contra a raiva é desenvolvida - abrindo novas perspectivas para a saúde pública. O avanço constante da investigação científica e o desenvolvimento das tecnologias na área da biociência, aliados ao surgimento de novos paradigmas de saúde e bem-estar social, permitiram à humanidade implementar mecanismos mais eficientes de controle de agravos. No entanto, mesmo estes devem ser periodicamente reavaliados. Esta nova visão...
Subject(s)
Animals , Cats , Dogs , Government Programs , Population Control , Zoonoses , Guidelines as Topic , Health PromotionABSTRACT
O convívio do ser humano com cães e gatos, um fenômeno de caráter global, remonta a milênios e configura-se como um dos mais estreitos e intensos vínculos entre espécies. A intensidade dessa relação repercute de forma importante sobre a saúde das pessoas e dos animais, impactando decisivamente o meio ambiente. Históricamente, o controle das zoonoses nasce no cerne da "revolução pasteuriana", quando a vacina contra a raiva é desenvolvida - abrindo novas perspectivas para a saúde pública. O avanço constante da investigação científica e o desenvolvimento das tecnologias na área da biociência, aliados ao surgimento de novos paradigmas de saúde e bem-estar social, permitiram à humanidade implementar mecanismos mais eficientes de controle de agravos. No entanto, mesmo estes devem ser periodicamente reavaliados. Esta nova visão...
Subject(s)
Animals , Cats , Dogs , Government Programs , Population Control , Zoonoses , Guidelines as Topic , Health PromotionABSTRACT
OBJETIVO: Estimar a população total de cães e a de gatos com proprietário, visando ao melhor planejamento das ações de controle das doenças que envolvam esses animais. MÉTODOS: O estudo foi realizado no interior do Estado de São Paulo, no período de maio a dezembro de 2002. Foram pesquisados 41 municípios e 100 setores censitários, sorteados por amostragem probabilística, estratificada, por conglomerados em dois estágios. Os estratos foram formados agrupando-se os municípios segundo tamanho da população e condições de vida. Para obter os dados da população canina, foi utilizada a Técnica Pasteur São Paulo, desenvolvida para estimar e classificar os cães segundo graus de dependência e restrição. RESULTADOS: Foram visitados 20.958 domicílios e em 52,6 por cento deles o morador possuía cão. A média de cães por domicílio foi de 1,6. Em relação aos gatos, foram encontrados 4.624 deles, concentrados em 12,6 por cento dos domicílios. Os resultados obtidos apontam para a relação cão/habitante de 1:4,0 e de gato/habitante de 1:16,4. CONCLUSÕES: As razões animal/habitante observadas foram bem mais elevadas do que o esperado. Ao serem incorporadas na avaliação da campanha de vacinação contra raiva canina, evidenciaram padrões mais reais de cobertura, levando à rediscussão das metas de vacinação dos municípios. Foi constatada a existência de associação entre o tamanho do município ou condições de vida da população e o nível de restrição dos cães.
Subject(s)
Animals , Cats , Dogs , Dogs , Cats , Mass Vaccination , Rabies , Zoonoses/epidemiologyABSTRACT
Este artigo apresenta técnica para dimensionar e classificar populaçöes caninas, segundo graus de dependência e restriçäo. Foi desenvolvida pelo Instituto Pasteur de Säo Paulo, com a seguinte metodologia: (1) realizaçäo de um inquérito domiciliar para identificaçäo dos cäes com proprietário e do grau de restriçäo. Aos proprietários de cäes restritos, totalmente ou parcialmente, e aos moradores que näo se definiram como proprietários únicos foram entregues coleiras de três cores distintas, solicitando-lhes colocaçäo nos cäes sob seus cuidados; (2) contagem de cäes que circulavam na rua e classificaçäo conforme cor da coleira, cuja ausência identificou os cäes sem proprietário. Os pesquisadores foram posicionados em locais pré-determinados, distantes em média cinqüenta metros. O tempo de cada contagem foi de trinta segundos, repetindo-se a cada 15 minutos, por uma hora, com início e término marcados por apito. A técnica, aplicada em dois setores censitários do Município de Serra Azul, Estado de Säo Paulo, Brasil, foi realizada por adolescentes de 13 a 17 anos, submetidos a um dia de treinamento. O procedimento foi simples e possibilitou acesso à informaçäo de difícil obtençäo, como o percentual de cäes sem proprietário ou sem proprietário definido, que, no caso estudado, foi de 5 por cento